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ENSINO

ESCOLA PAN-AFRICANA! UMA EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL   

O Brasil está entre os países que tem o maior índice de homicídios. A vitimação é de jovens negros. Tanto em homicídios quanto em encarceramento, são os adolescentes negros que ocupam. O perfil destes adolescentes é básico, comum, todos já conhecem. Meninos negros excluídos da sociedade pelo racismo institucional e ao invés de se tornarem protagonistas das suas histórias, já vem ao mundo com o futuro definido por um sistema cruel de exclusão.

 

A Escola Comunitária Maria Gregória dos Santos em seu primeiro momento tem oferta apenas de Educação Infantil, segmento da educação básica que atende criança em formação, nos primeiros anos de vida. Período em que ocorre a formação do caráter. Determinante para traçar o perfil do ser humano que será.

 

Na Educação Infantil a escassez de material didático para trabalhar educação étnico-racial ainda é grande e a criança negra segue para viver às margens da sociedade. Fazer parte das estatísticas de maneira negativa. A escola é uma agência social que reproduz o racismo, e acaba tendo o efeito contrário do que se propõe ser.

 

A Lei 10.639 que estabele a inclusão no currículo brasileiro do ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira existe a um pouco mais de uma década, mas ainda está muito distante de ser realidade. O simbólico, estético, didático, pedagógico, visual, acaba sendo fortes ferramentas de fortalecimento do racismo no espaço escolar, pois o negro não é representado de maneira significativa e positiva. A criança negra não se vê, não se sente pertencente. A negação da identidade e o auto-ódio passam a fazer parte do inconsciente individual e coletivo. Os efeitos psicossociais do racismo são terríveis!

 

A Escola Comunitária Maria Gregória dos Santos se desafia ser para a comunidade, que é predominantemente negra, um espaço de formação e transformação de vidas, através de uma educação pan-africanista de enfrentamento e resistência ao racismo, que promova afirmação de identidade racial, eleve a auto-estima particular e coletiva, desenvolva o respeito às diferenças e potencialize em cada aluno competências e habilidades para ter uma vida com dignidade. Um currículo de lutas pelo direito a uma vida digna em que todos possam questionar e superar a exclusão social e a toda forma de preconceito.

 

 

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